A Jornada de Implementação de Nuvem Nativa já começou

A Jornada para Nuvem Nativa já começou

Existem muitos fatores que influenciam a tomada de decisão para migração das aplicações e bases de dados em nuvem, mas os mais frequentes são: recuperação de desastres, escalabilidade, flexibilidade, confiabilidade e agilidade que este ambiente proporciona.

Muitos setores da economia já tem a totalidade ou quase de seus ativos de TI em nuvem. O setor de Telecom em média tem 70% em nuvem. Atualmente muitas empresas já utilizam nuvem públicas em seus ambientes, obviamente com todos os cuidados e melhores práticas de segurança da informação.

Nesse contexto é que surge o conceito de Nuvem Nativa (Native Cloud) o que diferencia este tipo de nuvem das demais é basicamente 3 elementos:

·       uso massivo de containers de aplicação,

·       microsserviços e

·       orquestração centralizada.

No caso de Telecom significa alavancar o uso de infraestrutura programável e de APIs como mecanismos principais de interação com a infraestrutura.

É importante que se tenha uma arquitetura conceitualmente preparada para utilizar a Nuvem Nativa, nesse sentido a “Open Digital Architecture” objeto de nosso último artigo já incorpora os conceitos acima para comunicação entre as várias camadas que compõem esta arquitetura.

A figura abaixo mostra os estágios para se atingir Nuvem Nativa.

Podemos resumir a jornada para a implantação de Nuvem Nativa em 7 passos principais:

1.       Decompor e organizar as aplicações em containers;

2.       Utilizar containers para executar e gerenciar essas aplicações;

3.       Adaptar as aplicações e utilizar containers para garantir o auto-escalamento e auto-recuperação de falhas;

4.       Implementar um pipeline CI/CD (Integração Contínua e Entrega Contínua do DevOps);

5.       Substituir softwares proprietários/incompatíveis com nuvem por produtos administráveis e em nuvem nativa;

6.       Utilizar metodologias de arquitetura aberta;

7.       Permitir modelos de SaaS (Software como serviço) totalmente administráveis e produtizados

Várias empresas já estão em etapas avançadas de adoção de Nuvem Nativa, isto exige investimentos significativos para a re-arquitetura de seus produtos compatíveis com nuvem-nativa.

Para o sucesso desta transformação, as organizações precisam considerar algumas disciplinas:

·       Cultura: é necessário desenvolver uma Cultura de Nuvem Nativa que defina e estabeleça comportamentos, crenças, ética, valores e foco em inovação orientados a nuvem nativa;

·       Talentos: investimento necessário para treinar o staff atual. Identificar e contratar novos talentos com os perfis de nuvem nativa necessários;

·       Liderança: construção de liderança e governança em Nuvem Nativa;

·       Orçamento: o controle de orçamento para a transformação de Nuvem Nativa deve ser centralizado e localizado dentro da unidade que tem a responsabilidade de implementar a arquitetura, estratégia e infraestrutura de Nuvem Nativa

Conclusão

Podemos resumir a discussão de Nuvem Nativa em dois aspectos: Tecnologia e Demais Aspectos.

Quanto à Tecnologia, a adoção de Nuvem Nativa não é simplesmente mover aplicações para uma infraestrutura de nuvem. Tem de haver comprometimento com a re-arquitetura e mudança da forma de pensar como se constrói e implanta os componentes funcionais. Como já mencionado as aplicações precisam ser administradas por containers e uso intensivo de microsserviços.

Quanto aos Aspectos que não dizem respeito à Tecnologia, podemos resumir que a cultura de Nuvem Nativa é absolutamente crítica e necessita ser construída, bem como reequipar e trazer as habilidades certas é condição obrigatória para o sucesso de sua jornada de implantação da Nuvem Nativa.